Wednesday 28 January 2009

A moeda nunca para em pé.

Crise: eu vejo o outro lado dessa moeda. Alanis Morissette está em turnê pelo Brasil, e por conta de coincidências e providências, Teresina acabou sendo uma das 11 cidades brasileiras a receber o show da cantora canadense. Algo impensável há alguns anos. Mais impressionante ainda é saber que a capital piauiense poderá sediar um dos shows do Oasis, que deve ir ao Brasil no final de abril.

Acreditem ou não, isso pode ser um reflexo da tal crise mundial, que ninguém parece saber direito em que pé está. Acontece que com cortes nos quadros de funcionários de muitas empresas de grande porte e as ameaças de desemprego em vários setores da economia, o receio tomou conta dos países desenvolvidos, onde a crise sinaliza estar num grau mais avançado. Aqui na Inglaterra, onde moro há pouco mais de um ano, estabelecimentos com décadas de funcionamento fecharam as portas. E quando o aperto de cinto é inevitável, as despesas com lazer encabeçam a lista de corte de gastos.

E o que isso tem a ver com a inclusão de pequenas capitais brasileiras no roteiro de artistas internacionais? Diante da chacoalhada no estilo de vida dos grandes centros, os produtores viram a necessidade de conquistar novos mercados e expandir suas linhas de ação. A globalização vem encurtando as distâncias há muito tempo, e a popularização da internet e de ferramentas de pesquisa como google e youtube democratizaram a informação.

O resultado da aventura tupiniquim de Alanis vai dizer se a indústria do entretenimento encontrou de fato mais um espaço para espalhar seus rebentos.

Quem sabe essa derrapada da economia mundial seja o ingrediente que faltava para dar uma chance as demais regiões brasileiras provarem que nem só de sul e sudeste vive o showbusiness no Brasil.